Como os jovens do ensino fundamental e médio aproveitam a tecnologia para aprender melhor.
As gerações de jovens entre 12 e 18 anos fazem parte daqueles que hoje são conhecidos como nativos digitais. Desde que nasceram, algum tipo de dispositivo eletrônico conectado à Internet esteve próximo a eles. Grande parte de suas atividades habituais acontecem em torno da Internet, desde jogos à busca por informações sobre tarefas, ou ainda, para conhecer tendências e o que seus influenciadores favoritos estão dizendo.
Nos últimos anos, essa característica geracional tornou-se um ponto de vantagem diante da pandemia que os distanciou de seus espaços de aprendizagem e convivência. Eles se adaptaram rapidamente a dar continuidade às aulas por meio de seus computadores e dispositivos móveis. A educação online tornou-se normal.
De fato, a Organização das Nações Unidas (ONU) nomeou 2020 como o “ano do salto tecnológico”. Em algumas indústrias falava-se em ter avançado em dois anos o que teria sido alcançado em uma década. Surgiram as chamadas “tecnologias imersivas” que imitam a experiência real por meio de réplicas digitais ou simuladas, com avatares e outros tipos de realidade virtual.
O relatório “Perspectivas para o mercado latino-americano de e-learning para 2018-2023” revela que são sete os principais países que adotaram sistemas de ensino online durante a pandemia: Brasil, México, Argentina, Peru, Bolívia, Uruguai e Colômbia. E é esta última que tem mais ofertas de cursos online.
Com o retorno - aos poucos - às atividades presenciais, a vida híbrida (online e presencial) tem sido adotada como mais uma opção com o melhor de cada mundo: ver-se frente a frente e voltar a conviver, mas otimizando nosso tempo para aprender ou praticar uma atividade através de videoconferências, webinars, etc. Deve ficar claro que a tecnologia é um complemento e não uma substituição para a experiência humana que os alunos valorizam e precisam nesta fase de suas vidas.
O renomado neurocientista Mariano Sigman, autor do livro “A Vida Secreta da Mente” afirma que a solidão é tóxica e a conversa serve para manter a mente saudável e, ao mesmo tempo, compreender o outro e enriquecer nossos pontos de vista. E embora não substitua o cara a cara, há uma série de recursos visuais em ambientes tecnológicos (emojis e avatares, por exemplo), que tentam imitar emoções.
Os jovens os aceitam bem e isso abre espaços de entendimento entre colegas e professores. O desafio não está apenas no uso e domínio das ferramentas de edtech, mas em nos fazer sentir próximos uns dos outros.
A OBS Business School aponta em sua pesquisa sobre “e – Learning. Novas tendências na formação online: O impacto das tecnologias disruptivas”, que a portabilidade -permitida pelos dispositivos móveis - faz parte do que caracteriza o aluno moderno, e isso impulsionará a popularidade da aprendizagem através dos meios digitais.
Alguns benefícios de aprender por meio de novas tecnologias são:
- A pesquisa rápida de informações na internet (mas isso deve ser feito com responsabilidade e critério para saber identificar fontes sérias de informação e assim evitar fake news)
- A criação de espaços colaborativos que tornam as aulas mais dinâmicas e participativas
- Um grande número de exemplos e exercícios a serem feitos para reforçar a aprendizagem (vídeos, PDFs, podcasts, infográficos, etc.)
- A troca de informações mais rápida e em tempo real
- O acesso a qualquer momento e de qualquer lugar
Um estudo realizado pela Instructure, desenvolvedora do LMS Canvas, destaca que entre os principais fatores para o engajamento e o sucesso do aluno estão questões socioeconômicas como: acesso à internet, dispositivos tecnológicos e recursos de aprendizagem.
Embora a Internet seja uma ferramenta básica para o aprendizado nos tempos atuais, e isso é muito bem recebido pelos estudantes, é um fato que seu uso exige regras e orientações que a tornem muito mais produtiva.
Os nativos digitais adotam com naturalidade o uso da tecnologia para suas vidas e sua preparação profissional. Cabe às instituições educativas, aos professores e pais, e aos governos, investir na formação e na criação de planos e programas educacionais que se adaptem às necessidades do estudante moderno.
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